Labirinto
Pudesse o corpo desistir
E a luz da mente perder-se.
Toda a sanidade
Alastra-se infiltrada no negro cosmo,
Em silêncio absoluto
Sempre ressonando a mesma melodia.
Futil procurar a beleza
Quando em cada canto ela se dispõem,
Despe a sua pele tímida
Deixando-se nua ao olhar.
Mas beleza essa requintada
Que o leve respirar disssipa o sentido
E o desejo por viver
Não é mais que o louco desejo de alcançar.
Vigorosa é a viagem,
O cume alto e bravio
É no cimo dos altos montes
Que beijam o céu
Esticando o corpo inocentemente
Ao sabor da natureza aleatória
Que o tempo fez existir.
E, enquanto subo as encostas ingremes,
O mundo selvagem encontra o meu,
E todas as sombras imaginárias
Tornam-se reais.
A montanha não é mais montanha
Mas um longo labirinto,
Onde se entra
Sem saber se se sai.
29 de outubro de 2011
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