Dói... Dói como o caraças!
Dói ver-te aqui e no segundo
seguinte sentir-te a léguas de distância...
Doiem todas estas dúvidas, as
incertezas, os medos, os fantasmas...
Dói este sentimento de bola de
flipper, constantemente a ser atraída pela gravidade para o abismo, enquanto
vais dando uns toques que me permitem continuar a rolar neste campo/vida, mas
sempre a cair.
Dói... não conseguir
compreender-te, encaixar-te, ler-te, sentir-te...
Custa imenso ouvir palavras, ver
atitudes, acções, por vezes tão contraditórias que me deixam completamente
perdida e sem rumo...
Dói... querer acreditar na
felicidade, na luta, no comprometimento mas por vezes não o sentir.
Dói muito... magoa... fere... a
imagem desfocada de uma pessoa que me persegue diariamente na minha mente, que
me assombra os sonhos à noite e os torna em pesadelos... que da última vez que
falaste dela, a desvalorizaste na tua vida e, semanas antes, estavas disposto a
deixar tudo e lutar por ela... Dói não saber em que momento mentiste a mim, e a
ti próprio. Dói ainda mais imaginar que foi no segundo momento.
Dói... ver-te rir e sorrir mas
não saber se estás feliz!
Dói ainda mais tentar levar o
dia-a-dia a sorrir quando tudo o que me apetece é chorar... fugir,
desaparecer... esconder-me num canto escuro e ficar lá... imóvel... chorar e
soluçar até já não restar nada...
Dói ter de ser forte quando me
sinto frágil...
Dói ter gente à minha volta mas
sentir-me sozinha!
Dói querer acreditar quando não
recebo provas dessa fé.
Dói o medo do futuro incerto...
Doiem os erros do passado que
estão lá constantemente a relembrar onde falhámos, quase como numa brincadeira
de crianças em que só devolvem um “é bem feita!!!”.
Dói sonhar com tanta coisa boa,
fazer planos, querer viver e, no fim de tudo, não ver esses planos, sonhos,
vida serem alimentados...
Dói muito... muito mesmo... não
saber as razões que te levaram a ficar quando a única coisa que eu gostaria de
ouvir é um “porque te amo”... (verdadeiro)
Dói Amar... sim... Neste momento,
Amar-te faz doer... muito... todos os dias, todas as horas, todos os segundos!
E escondido por detrás de todos os sorrisos, risos, momentos de prazer e
felicidade espontânea e verdadeiramente sentida, reaparece esta dor... como um
espeto cravado no peito...
Apenas porque te amo loucamente,
e não sei se me amas também...