17 de novembro de 2011
Gato
Sigo de fora os basteadores. Era assim que começava. Amanhecer, sim, aquele traço de aldeia que se exibia na cidade, da metrópole, sim, elas ainda existem, neocolonianismo, globalização, giros conceitos. Mas não nos afastemos. Amanhecer, pequeno momento rustico na metrópole, que dizer? Dizendo, que, o gato olhou o passáro, mas ainda é novo, não reconhece por de certo os seus instintos, ou pelo menos esforça-se para entender. Vê , assusta-se? e logo se guarnece de uma posição que nunca lhe fora ensinada, e preparado para atacar, ataca, mas falha. É pequeno, tem que treinar esse seu instinto selvagem, quanto mais fome mais ele o fomentará, se o alimentar-mos, ele aborrecer-se-à, ou talvez não, três espaços , eu disse-te. nascer, viver , morrer. Mas nada disso interessa, se não disseres. E por isso espero, espero que surjas. O gato não desiste, não, ele continua a sua aprendizagem, mais ou menos correcta, se é que se pode considerar seja o que for sobre o gato, e assim como gato, sobre nós. Não desistá-mos, sei-lo. E aguardo a tua resposta. Amanhã amanhecerá novamente, o gato estará mais maduro e talvez o passáro já não escape, afinal, vá se lá saber, quem caça quem e quem é caçado, o passaro tem que ser esperto, ou nem esperto nem burro, como o gato, terá que aprender a evitá-lo. Demora. Não faz mal, estamos habituados.
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