Imagine-se um espaço. Uma qualquer plenitude infinita. Uma viagem eterna de ida e volta que se volta a repetir em mesma exactidão. Circunstâncias inalteráveis que permanecem porque nada pode interferir no seu destino. Uma história que se repete e se desfaz, mas nunca se conclui. Um ciclo vicioso.
É facil à razão satisfazer a minha arrogância transcendente e, presunçosa e confiante, demonstrar que mesmo o divino é fruto de uma lógica permanente.
Imagine-se um espaço. Onde a origem é o local de partida e chegada. E que cada simples momento se repete. E nada mais pode-se dizer.
Imagine-se e aceite-se algo que não posso aceitar.
O que representa o Homem neste espaço?
Se o aleatório é ilusão, se a escolha é mera confusão dos sentidos já ditados, que resta ao eu fazer para ser? Valerá à consciência elaborar um longo plano para o que já está determinado mesmo sabendo que longo plano já faz parte do planeado?
Imagine-se uma fotografia, a nobre e fragil fotografia que sempre existiu, e que instante a instante guarda o espaço num tempo que sempre existiu.
É espaço terrível de se imaginar. E é por isso, só por isso, que não o posso aceitar.
12 de setembro de 2009
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