Existe no ar uma certa opressão; Uma poluição escondida que invade as almas e as proibe-as de se vestirem da sua formosa e simples natureza. Confude-as. Dando-lhes uma falsa virtude desdenhando as suas ideias, repetindo as verdades em torno de uma lógica circular.
É cedo, e o mundo nasce aos meus pés; A manhã, ligeiramente temperada, com um gosto humido de um dia que se promete quente, encontra o meu rosto desengonçado, perene, enfrentando o infinito e imensidão de luz que o sol decide trazer. O dia expande-se, contorna-se em meu dorso, somos um, eu e ela, eu e o mundo, eu e as pessoas. Um uno heterogéneo, pertencentes a uma mesma epopeia, um sonho, um desvaneio, que se repete e repete, num ciclo perfeito, quase lógico, quase racional, não houvesse no seu ventre a inconstância, a emoção, o sentimento; Não houvesse nesse estreito caminho, no mergulho infinito da repetição, o momento livre, de opção instântanea; Compreender que existir é descobrir, que desistir não é falhar, e que morrer é viver.
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